Existe um exercício no teatro chamado “preenchimento de espaços vazios”. Tava aqui pensando sobre isso, o quão bem ele se encaixa nos relacionamentos (amorosos ou não). Não falo de espaços vazios que signifiquem incompletude já que há algum tempo percebi que essa história de “procurar alguém que me complete” é a maior furada. Temos que ser completos e, hoje em dia, o que busco é alguém que me transborde (mas isso pode ser tema pra outro texto).
Pensemos numa peça de Lego. É uma peça completa, inteira, mas cheia de espaços vazios nos quais outras peças - iguais a ela ou completamente diferentes - podem se encaixar.
Que tal preencher os espaços vazios dos que estão à nossa volta, deixar que nos preencham também?
Também no teatro, quando peço aos meus alunos que se abracem, chamo a atenção daqueles que tem medo de encostar no outro, que deixam “o bumbum arrebitado” na hora do abraço. Se for abraçar, se joga, se entrega, deixe que os corpos e as almas se toquem... E isso tem a ver com preencher os espaços vazios!
Olhe nos olhos; diga o que sente; saiba ouvir e acolher; não queira ser o dono da verdade ou aquele que “já passou por algo pior”; entenda que cada um está num grau de evolução e amadurecimento; quando estiver com alguém, esteja por inteiro, no meio de uma multidão ou entre quatro paredes. Se entregue, preencha e seja preenchido, feche os olhos e guarde para sempre o que sentiu.
Como li hoje no instagram @meditacaohooponopono: “as pessoas vão esquecer o que você disse e fez, mas nunca esquecerão como você as fez sentir”. Portanto, SINTA!



Comentários
Postar um comentário